A RELIGIOSIDADE
A religião
é um tema que merece ser estudado de forma abrangente. O teólogo Luciano
Subirá, em sua obra "Até que nada mais importe", afirma que a religiosidade
é algo perverso, espiritualmente venenoso. Essa declaração entra em conflito
com o princípio de que a religião visa aproximar o homem da divindade.
Por outro
lado, Agostinho de Hipona, no século IV d.C., em seu livro "A Cidade de
Deus", argumenta que através da religião, a humanidade reconecta-se a
Deus, do qual se tinha separado. Existem inúmeras interpretações de
pesquisadores, mas é incontestável que a religião envolve crenças em algo
espiritual ou transcendental.
Ao longo do
desenvolvimento de uma civilização, os seres humanos começam a refletir sobre
tudo ao seu redor. Nessa busca por respostas, entregam-se ao raciocínio de que
existem seres poderosos, fundamentando suas teses e propagando essa fé com
rigor e zelo.
Ao analisar
algumas religiões, percebe-se que os regulamentos internos nem sempre são
coerentes para o bem comum de todos. Por exemplo, há casos de pessoas que,
devido às suas crenças em uma divindade, cometem atos violentos contra aqueles
que pensam de maneira diferente. A religião islâmica é um exemplo, demonstrando
com ataques terroristas a falta de respeito e amor pelo próximo, causando
transtorno e divisão. É importante considerar que cada ser humano possui suas
particularidades e gostos em uma variedade de coisas.
Ao estudar
o conflito religioso entre o Judaísmo e a visão do Cristianismo, observa-se um
único povo com divisões ideológicas e crenças distintas em vários aspectos. Os
Judeus ortodoxos, por exemplo, seguem como regra de fé apenas o livro chamado
Tanakh, composto por 24 livros. Já os cristãos adotam 66 livros agrupados e
chamados de Bíblia. Segundo o professor Orlando Martins, os 24 livros que
compõem a Tanakh correspondem ao Antigo Testamento da religião cristã. A
diferença entre as religiões reside na aceitação do Novo Testamento, que o
Judaísmo não reconhece como fonte verídica.
Conforme dados do censo do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) realizado em 2010, a religião predominante no
Brasil é a católica, seguida por religiões evangélicas, espíritas e
afro-brasileiras. Existem também, em menor número, adeptos do budismo,
islamismo e judaísmo.
Fonte: Natálhia Taniguti, Bióloga e Mestre em Ciência.
Blogueira: Meu DNA. Como se observa, somente no Brasil, o índice de crenças
distintas é elevado, visto que cada religião traz ideias variadas e abrange
centenas de brasileiros, configurando o país como laico, conforme estabelecido
na Constituição de 1988, no parágrafo 5° do documento.
De acordo
com The World Factbook, elaborado pela CIA com dados de 2012, os sistemas
religiosos e espirituais com o maior número de adeptos em relação à população
mundial são: cristianismo (28%); islamismo (22%); hinduísmo (15%); budismo
(8,5%); pessoas sem religião (12%) e outros (14,5%).
Conclui-se,
portanto, que a religiosidade, embora seja positiva e aceitável para alguns,
não deve ser imposta nem prejudicial a outros. Cada indivíduo em uma
civilização deve ter o direito de respeitar seu espaço habitacional e abraçar
uma crença livre e não opressiva. A ONU tem desempenhado um árduo trabalho ao
tentar unir as nações em um acordo de paz mundial em todos os aspectos. Talvez
esta seja uma solução plausível se alcançada com êxito, mas, por enquanto,
permanece apenas como especulação com inúmeras tentativas.
Fontes Bibliográficas:
- Luciano
Subirá, "Até que nada mais importe".
- Orlando
Martins, artigo publicado no site Gospel Primes.
- Natálhia
Taniguti, blogueira: Meu DNA.
- The World Factbook, elaborado pela CIA.